Durão Barroso lembrou que o cumprimento das metas do défice é fundamental para Portugal recuperar a confiança dos mercados.
"Esperamos que essa determinação seja cumprida", afirmou Durão Barroso em Bruxelas, à margem de um encontro com o presidente timorense, José Ramos-Horta, de quem recebeu o Grande Colar de Timor-Leste pelo contributo prestado à independência e desenvolvimento do país.
O presidente da Comissão Europeia lembrou que o cumprimento dos objectivos é fundamental para Portugal recuperar a confiança dos mercados internacionais.
"Sem confiança dos mercados, os juros de divida sobem para níveis insustentáveis", lembrou Durão Barroso.
O chefe do executivo europeu disse ainda ser "essencial" que os países europeus tenham as suas contas públicas em ordem.
O Governo anunciou na quarta-feira um conjunto de medidas de austeridade com o objectivo de consolidar as contas públicas. Entre essas medidas estão o corte de salários de 5 por cento na massa salarial da Função Pública, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA, que passará a ser de 23%. As restantes taxas do IVA também vão ser revistas.
O Executivo de Sócrates decidiu congelar os investimentos públicos, cortar os benefícios sociais e também os benefícios fiscais das empresas e criar um imposto sobre o sector financeiro.
Estas medidas têm de ser aprovadas na Assembleia da República para entrarem em vigor.
O Governo anunciou na quarta-feira novas medidas de austeridade com o objectivo de consolidar as contas públicas.
Ao fim de dez anos, a diferença da mais-valia entre os dois produtos atinge quase os 2.000 euros, para um investimento inicial de cinco mil euros.
Desde Julho que os Certificados do Tesouro (CT) tornaram-se em concorrentes de "peso" face aos depósitos. Não só por terem garantia de capital como os rivais mas, sobretudo, pela sua remuneração atractiva. O Diário Económico fez as contas e o resultado salta à vista: os CT rendem cinco vezes mais que os depósitos para quem mantiver a aplicação em carteira até à maturidade do produto, ou seja, dez anos.
Na prática, investir 5.000 euros na subscrição de Certificados de Tesouro renderá, ao final de dez anos, 7.394,25 euros. Já para o investidor que coloque o mesmo montante num depósito a prazo a doze meses, a poupança será de 5.507,30 euros. Feitas as contas, o aforrador terminará a década com uma mais-valia de 2.394,25 euros (líquidos) na carteira no caso de ter colocado as suas poupanças em certificados do Tesouro e 507 euros no caso de um depósito a prazo. Ou seja, uma diferença de quase 2.000 euros e que significa que os CT rendem cinco vezes mais que os depósitos a prazo.
"Parece-me que, pressupondo a manutenção do euro como o conhecemos, será uma boa alternativa para a aplicação de poupanças a dez anos, tendo em conta o risco/retorno e as alternativas disponíveis", justificou Filipe Garcia, economista da IMF, em declarações ao Diário Económico.
Na simulação feita, foi assumido o investimento de 5.000 euros em CT ao longo de dez anos e tendo por base o juro recorde pago este mês de 6,1%. Nos cálculos para os depósitos, o Diário Económico manteve o montante de investimento, teve em consideração a média das taxas brutas de remuneração de 47 depósitos a 12 meses, de 1,237%, e a renovação anual da subscrição do produto, que pressupõe a capitalização dos juros.
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